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terça-feira, 13 de março de 2012

O idoso e a família



Nos últimos anos várias pesquisas sobre a satisfação do idoso estão

associadas à perda do controle emocional, sentimentos de solidão, sejam pela

perda do cônjuge ou a partida dos filhos, percepção de afastamento e desamparo,

incerteza em relação ao futuro, auto-exclusão, por não se achar apto a participar

da sociedade moderna, e o cotidiano imerso nos conflitos familiares, situações

características da mudança do seu estado anterior decorrente da perda da sua

autonomia e independência.

Talvez apenas para se ter um referencial ideal seja interessante pensar em

autonomia em termos de autodeterminação, liberdade pessoal, independência

física, liberdade de escolha e ação.
Como ocorre a muitos brasileiros, ele

não logrou transformar-se sequer num cidadão, como falar em autodeterminação?

Para que exatamente? Para eventos concretos, imediatos, práticos, de vidas

diárias, ligadas à sobrevivência física talvez.

Nem por isso se pode negar de que o idoso possa experimentar

sentimentos desfavoráveis por se ver perdendo essa independência, outrora

conquistada.

 Os que têm a ventura de chegar à longevidade,

a chamada "velhice verde", sem maiores contratempos, quando integrados num

meio familiar acolhedor, sentem-se felizes e manifestam o desejo de continuar a

viver e desfrutar, da melhor forma possível, os dias que lhes sobram. Outros,

porém, que padecem de sofrimentos físicos, com dores e sem esperanças de

recuperar a saúde, confinados no leito ou em uma cadeira de rodas, só falam da

morte "próxima" como uma libertação para si e para seus familiares.

O fim da vida de entes queridos pode levar à chamada última solidão, que é um campo propício para

ao afastamento da realidade e reclusão, a auto-exclusão, que pode ser um fator de agravamento e

deterioração da condição psicológica, e porque não, com conseqüências

fisiológicas. Tal momento reflete em se pensar no resgate desses indivíduos,

especialmente os idosos, que perderam pessoas tão próximas ou companheiras, e

esse pode ser mais um fator de aproximação entre o idoso e sua família.

Estilo de vida, moradia, condições de vida, alimentação, estresse, saúde,

educação, trabalho, enfim, a multifatoriedade, segundo a história de vida do idoso,

são rastros de uma conseqüente idade. Deve-se

considerar que nos casos de pessoas constitucionalmente mais saudáveis ou que
cuidaram melhor de si mesmas ao longo dos anos, a velhice pode trazer

qualidades excepcionais de sabedoria, compreensão, paciência e tolerância. Nos

idosos que conseguem se manter jovens há de se considerar a rigidez de caráter

e de vida. As pessoas muito contidas e controladas são como velhos desde muito

jovens. Suas limitações psicológicas as impedem de perceber muitas das coisas

que as cercam ou se concentram muito em poucos tópicos dessa já limitada visão.

Por isso sua vida fica monótona, repetitiva e tediosa. Essas pessoas comunicam,

por simples presença, que tudo é aborrecido, velho, que as coisas são sempre

iguais e que todo interesse novo é uma ilusão. Ao contrário, o idoso jovem é

aquele que conseguiu preservar, por toda a vida, o que ele tem de criança. Entre

essas características "juvenis" está a criação de ligações afetivas com várias

pessoas e de interesses diversos, para que o ajude a manter-se vivo e jovem. Se

o idoso não cuidar de suas ligações familiares, de amizade e até amorosas, corre

o risco de se sentir verdadeiramente sozinho, muito próximo de abandonado por todos.

Os sentimentos que são desenvolvidos com respeito à solidão estão,

 ligados às experiências que remontam à nossa infância.

Tudo o que acontece para um indivíduo – vivências, esperanças, angústia,

felicidade, dor, separações, perdas – vai ter um peso diferente conforme a idade

em que ele for atingido. A solidão será tanto maior quanto menores forem as

esperanças de reencontro, de novos relacionamentos, o que ocorre de uma forma

maior na velhice. O idoso não deve esperar que seus semelhantes (companheiro,

filhos ou sociedade) protejam-no da solidão: é necessário um preparo interior,

para fazer frente a esses diversos agentes causais.

Um outro aspecto, muito encontrado na terceira idade, até mesmo por

reflexões da sua solidão, é a preocupação com o que já passou, de maneira a

evitar as enganações às expectativas do que está vindo. O surgimento da solidão

está calcado no descarrilar do sentimento de sociedade. A massificação social

vem dando lugar a uma maior individualização e à dificuldade de encontrar um
companheiro para compartilhar os últimos anos de vida.








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