Entre todas as dificuldades que afetam a
vida de um
idoso, a perda auditiva é uma das mais
frustrantes. Isto
porque, devido às dificuldades de
comunicação, a surdez
isola o idoso da sua comunidade e o afasta
das pessoas
que mais ama. Além disso, muitas vezes pode
vir acompanhada de um zumbido permanente que compromete
ainda mais o seu bem-estar.
O problema é grave. Mais de 15 milhões de
brasileiros têm problemas de audição, segundo dados da Organização Mundial de
Saúde. Mas o que poderia ser um
problema simples ganha contornos
preocupantes. Cerca
de 60% dos afetados NÃO RECONHECEM a
doença. A
falta de informação e o preconceito fazem
com que a
maioria demore, em média, até SEIS ANOS
para tomar
uma providência, escondendo seu problema.
O mais sensato é encaminhar o
idoso para tratamento médico o quanto antes. Quanto mais o tempo passa,
mais o problema pode se agravar.
Por que as pessoas perdem a audição?
Com o envelhecimento é natural algumas
pessoas
apresentarem algum grau de dificuldade para
escutar, e
isso pode piorar quando associado a outros
fatores como:
rolha de cera, perfuração da membrana
timpânica, infecções da orelha, doenças congênitas, mal formações, distúrbios
da tireóide, diabetes, pressão alta e
etc.
O que fazer?
Mesmo sem apresentar sintomas, os idosos
devem consultar o médico Otorrinolaringologista para saber como
estão escutando. Isso ajudará a prevenir
possíveis problemas e, ao sinal de qualquer dificuldade auditiva, ela
será detectada precocemente.
É necessário realizar um teste auditivo e
outros exames
para diagnosticar a deficiência.
Detectada a deficiência auditiva, avalia-se
a necessidade e a importância do tratamento adequado,que pode
ser medicamentoso, cirúrgico ou até
mesmo a indicação de um aparelho
auditivo.
É importante lembrar que o uso de
um aparelho auditivo só pode ser receitado por um médico, deve ser
adaptado de acordo com as
necessidades específicas
de cada pessoa e bem orientado
quanto aos cuidados
com sua manutenção para que
aparelhos quebrados ou
mal ajustados não prejudiquem
ainda mais o idoso.
Algumas dicas ajudam os familiares e amigos
a melhorar
a convivência com pessoas com limitações
auditivas:
Fale pausadamente e olhe de frente para a pessoa
com
limitações auditivas.
Fale pouco mais alto, e NÃO GRITE.
Se a pessoa não compreender bem, repita o que foi dito
empregando palavras diferentes. Isso aumenta a chance de compreensão.
Não fale gritando de outros aposentos da casa.
Incentive o uso de fones de ouvido para ouvir melhor a
televisão e aparelhos de som.
Incentive a instalação de alarmes luminosos para a
campainha da casa e do telefone.
Incentive uma avaliação médica do problema. O acompanhamento médico deve ser constante.
Se houver indicação médica de aparelhos auditivos, estimule a usá-lo. Há aparelhos modernos, coloridos ou
bem discretos.
Faça com que o idoso escolha um modelo do seu gosto.
Quem é o primeiro profissional
que você deve procurar?
Otorrinolaringologista é o médico
mais indicado, pois é especializado
em ouvidos, nariz e garganta
e no tratamento dos distúrbios
da comunicação.
Esteja atento a esses sinais:
O idoso ouve a pessoa falando, mas não entende.
Incapacidade auditiva: igrejas, teatro, cinema, rádio e TV.
O idoso não percebe alguém falando. Principalmente em ambientes ruidosos.
Alterações como depressão, embaraço, frustração, raiva e medo,
causados por incapacidade de comunicar-se com os outros.
Isolamento social: a interação com família, amigos e comunidade é seriamente afetada.
Intolerância (irritação) a sons de moderada à alta intensidade
(principalmente os agudos). Se a pessoa fala baixo o idoso
não ouve. Se grita, o idoso se incomoda.
Problemas de alerta e defesa: incapacidade para ouvir pessoas e veículos aproximando-se, panelas fervendo, alarmes,
telefone, campainha da porta, anúncios de emergências em
rádio e TV.
“Assim como há o envelhecimento da visão, e a pessoa
passa a ver menos, com a idade ela também passa a ouvir
menos. E como é natural usarmos óculos para poder amplificar as
imagens, também deveríamos usar os aparelhos de
amplificação sonora (AAS), também chamados de próteses
auditivas, ou outros equipamentos auxiliares para a audição,
sem nenhum preconceito, como forma de minimizar os efeitos
negativos da deficiência auditiva que tanto aflige as pessoas”.
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