Comunicar envolve,
além das palavras que são expressas por meio da fala ou da
escrita, todos os
sinais transmitidos pelas expressões faciais, pela postura corporal e
também pela
proximidade ou distância que se mantém entre as pessoas; a capacidade e
jeito de tocar, ou
mesmo o silêncio em uma conversa.
Algumas vezes a
pessoa cuidada pode ficar irritada por não conseguir falar ou se
expressar, embora
entenda o que falam com ela. Para facilitar a comunicação, serão
descritas a seguir
algumas dicas:
• Use frases
curtas e objetivas.
• No caso de
pessoas idosas, evite tratá-las como crianças utilizando termos
inapropriados como
“vovô”, “querido” ou ainda utilizando termos diminutivos
desnecessários
como “bonitinho”, “lindinho”, a menos que a pessoa goste.
• O cuidador deve
repetir a fala, quando essa for erroneamente interpretada,
utilizando
palavras diferentes.
• Fale de frente,
sem cobrir a boca, não se vire ou se afaste enquanto fala e procure ambientes
iluminados para que a pessoa além de
ouvir veja o movimento dos
lábios da pessoa
que fala com ela, assim entenderá melhor.
• Aguarde a
resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois a pessoa pode
necessitar de um tempo maior para entender o que foi falado e responder.
Não interrompa a pessoa
no meio de sua fala, demonstrando pressão impaciência.
É necessário
permitir que ele conclua o seu próprio pensamento.
• Caso o cuidador
não entenda a fala da pessoa cuidada, peça que escreva o que
quer dizer. Se a
pessoa cuidada não puder escrever, faça perguntas que ela possa
responder com
gestos e combine com ela que gestos serão usados, por exemplo:
fazer sim ou não
com a cabeça, franzir a testa ou piscar os olhos, entre outros.
• Diminua os
ruídos no ambiente onde a pessoa cuidada permanece.
• Sempre que a
pessoa demonstrar não ter entendido o que foi falado , repita o que falou com
calma evitando constranger a pessoa cuidada.
• Procure falar de
forma clara e pausada e aumente o tom de voz somente se isso
realmente for
necessário.
• Verifique a
necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas que
possam estar
dificultando a comunicação.
• Converse e cante
com a pessoa, pois essas atividades estimulam o uso da voz.
• A música ajuda a
pessoa cuidada a recordar pessoas, sentimentos e situações que
ocorreram com ela,
ajudando na sua comunicação.
• O toque, o
olhar, o beijo, o carinho são outras formas de comunicação que ajudam o
cuidador a compreender a pessoa cuidada e ser compreendido por ela.
Alterações que podem ser
encontradas na comunicação
Algumas mudanças
na maneira da pessoa cuidada se comunicar que podem sugerir
alguma alteração
do seu estado de saúde. Cuidador, observe
alguns exemplos:
• Dificuldade para
expressar uma idéia e, no lugar, usar uma palavra ou frase
relacionada com
essa idéia, por exemplo: em vez de dizer caneta, diz: “aquela
coisa de
escrever”.
• Não entender ou
entender apenas parte do que falam com ela.
• Fala sem nexo ou
sem sentido.
• Dificuldade para
escrever e para entender o que está escrito.
• Não conseguir
conversar, parar a conversa no meio, parece que não percebe as
pessoas que estão
perto dela, ou falar sozinha.
•Dificuldade para
expressar as emoções: pode sorrir quando sente dor ou
demonstrar
tristeza e chorar quando está satisfeita, se agitar ou ficar ansioso ao
expressar carinho
e afeto.
•As dificuldades
de comunicação são sinais freqüentemente presentes na demência
e outras doenças
neurológicas. Caso o cuidador observe uma ou mais dessas
alterações deve
procurar a Unidade de Saúde.
É comum as
pessoas idosas e também as pessoas com demência, doença de
Alzheimer, esquecer de situações vividas, do nome de
pessoas e coisas, trocar palavras.
Essas situações
provocam embaraços e angústia tanto à pessoa cuidada como aos familiares.
É importante que o
cuidador ao se referir a alguém
conhecido, explique à pessoa cuidada de quem está falando: “Maria, sua
filha”; “João, seu vizinho”, assim a pessoa vai se situando melhor na conversa
e vai relembrando pessoas e fatos que havia esquecido.
É preciso
falar com simplicidade e pedir que a pessoa toque objetos, retratos e quadros, isso ajuda
a “puxar” a memória e a melhorar a conversa.
Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
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